PRAGAS - CUPINS

Os cupins (térmitas), são popularmente conhecidos como formigas brancas, siriris ou aleluias.

Eles são a sociedade mais antiga entre os insetos eussociais, compartilhando com as baratas uma origem evolutiva comum. Entre todas as espécies conhecidas, apenas algumas assumem status de pragas em ambientes naturais ou urbanos.
Cupins de Madeira Seca

- Família Kalotermitidae
São conhecidos como cupins de madeira seca, não apresentando a fontanela (pequeno poro à frente da cabeça entre os olhos, com a função de secreção de substâncias da glândula cefálica, utilizada na taxonomia do grupo), construindo os seus ninhos em árvores (vivas ou mortas) na natureza, e em áreas urbanas no madeiramento de construções e/ou mobiliários. As colônias são pequenas (algumas centenas), não contendo operárias verdadeiras (as pseudo-operárias são as formas jovens), e os soldados têm cabeça comprimida e mandíbulas denteadas. A espécie mais importante como praga urbana é Cryptotermes brevis, cosmopolita, sendo a segunda em importância econômica dentre os cupins.

Cupins Subterrâneos

- Família Rhinotermitidae
Os representantes desta família têm fontanela e grandes escamas (nas asas anteriores), sendo conhecidos como cupins subterrâneos. Apesar do nome, já foram localizados ninhos aéreos em edifícios. As colônias são grandes, com até milhões de indivíduos, de crescimento muito lento e discreto, atacando muitas plantas cultivadas (por exemplo, cana-de-açúcar e eucalipto) e madeiras mortas. Um estudo sobre a área de forrageamento de Coptotermes formosanus, uma espécie asiática, mostrou que pode abranger 100 m de raio e 10 m de profundidade. Os soldados são numerosos, apresentando cabeça amarelada e providos de mandíbulas longas sem dentes basais. Algumas espécies dos gêneros Coptotermes e Heterotermes (Figura 6) se destacam como pragas urbanas, com distribuição mundial, no qual a mais importante é Coptotermes havilandi.

Métodos de Prevenção

Como medida preventiva aconselha-se o monitoramento periódico de todo e qualquer material celulósico (livros, mobílias, portas, rodapés, janelas, escadas, etc). Com a identificação de uma peça infectada, não a transporte para outros locais, evitando-se a dispersão da praga. Antes de desfazer-se da peça, trate-a.
Para se evitar o aparecimento de cupins subterrâneos, é de fundamental importância a remoção, do local da edificação, de qualquer tipo de material celulósico (madeira, papelão, sacos de cimento vazios, etc) antes, durante e após o período de construção. Ainda, o reforço das fundações de concreto, previnem grandes contrações e o aparecimento de fendas, que permitem a passagem de cupins. Não devem ser usados blocos ocos na construção das fundações.

Métodos de Controle

Este tópico foi dividido segundo as duas categorias de cupins (madeira seca e subterrâneos) consideradas como pragas em áreas urbanas. Deve-se ter em mente, que os cupins de madeira seca interagem com o alimento, enquanto o cupim subterrâneo interage largamente com o ambiente, além do alimento.
Cupins de Madeira Seca - Os sinais de infestação por cupins de madeira seca são os grânulos fecais amontoados abaixo dos orifícios de expulsão, asas espalhadas pelo recinto (característico de uma colônia madura, por ocasião da revoada) e em casos extremos a fragilidade das peças, com o interior oco. A existência de resíduos em forma de pó não significa necessariamente a contaminação por cupim, pois existem outros insetos que se alimentam da madeira (por exemplo, brocas).
Como medida preventiva aconselha-se o monitoramento periódico de todo e qualquer material celulósico (livros, mobílias, portas, rodapés, janelas, escadas, etc). Com a identificação de uma peça infectada, não a transporte para outros locais, evitando-se a dispersão da praga. Antes de desfazer-se da peça, trate-a.
Cupins Subterrâneos - Como afirmado anteriormente, o crescimento das colônias destes cupins é muito lento e discreto, sendo que os primeiros sinais de infestações são somente percebidos quando esta se encontra muito populosa, no estágio em que exploram áreas mais distantes. É característico o sarapintado de pelotinhas fecais sobre as superfícies corroídas e de trânsito. Para se evitar o aparecimento destes, é de fundamental importância a remoção, do local da edificação, de qualquer tipo de material celulósico (madeira, papelão, sacos de cimento vazios, etc) antes, durante e após o período de construção. Ainda, o reforço das fundações de concreto, previnem grandes contrações e o aparecimento de fendas, que permitem a passagem de cupins. Não devem ser usados blocos ocos na construção das fundações.
Para um controle bem sucedido, devem ser seguidos os seguintes pressupostos: identificação correta da espécie, dimensionamento do ataque e a análise das condições dos locais atingidos para o desenvolvimento da metodologia apropriada (inseticida mais adequado), evitando-se a contaminação ambiental e uma possível multiplicação do problema. Assim, a procura de uma empresa idônea e especializada em controle de cupins, e que tenha um técnico de nível superior responsável é de extrema importância.
Existem diversos tipos de métodos por meio de controle químico, tais como: insuflação (aplicação de inseticidas em pó em instalações elétricas, no caso de cupins subterrâneos), injeção (introdução de solução inseticida em oríficios), pincelamento (aplicação na superfície da peça), imersão (imersão de peças, tendo a função como tratamento preventivo) e pulverização (empregado para locais de difícil acesso, no caso de cupins subterrâneos). Com o maior conhecimento do comportamento de cupins subterrâneos e com as preocupações crescentes da poluição do meio ambiente, novas técnicas vem sendo desenvolvidas visando um controle mais eficiente destes insetos, como por exemplo, o uso de iscas e de bioinseticidas (microorganismos patogênicos).